27 de jun. de 2010

A Era Vitoriana e o Nonsense


A era vitoriana, que recebe esse nome por causa da Rainha Vitória, inaugura um longo período de grande importância do jornal como meio de comunicação, de difusão das novidades científicas e discussão sobre política e religião. Em 1830 a escravidão é abolida na Inglaterra. O requinte e a sofisticação passam a ditar as linhas arquitetônicas e a moda. A literatura serve, também, para a discussão sobre os efervescentes momentos históricos. Parte-se do pressuposto de que o momento histórico em que Lewis Carroll está inserido é, então, uma época de tensão, não só entre o moderno e a tradição, como também entre a religião e a ciência, e que nele a Literatura passou a ter uma importância crucial na vida dos indivíduos e da sociedade como um todo, tendo-lhe sido conferida, além de proporcionar prazer estético ao leitor, também a função moralizante e pedagógico. A Literatura tinha finalidade pedagógica de ensinar as pessoas quanto aos mais diversos assuntos, “indo do comportamento das senhoritas diante da sociedade (postura, modo de falar, hora certa de ruborizar, etc.), até aconselhamento quanto à saúde e educação dos filhos” (MORAIS, 2004, p.25). Esses textos, em sua maioria, primavam pela ingenuidade quando faziam parecer que o simples fato de seguir regras de conduta moral, acreditando ou não nelas, fosse o suficiente para ser virtuoso.

Percebe-se que o livro de Carroll foge do padrão de literatura que era recorrente na Inglaterra vitoriana. Podem-se listar alguns pontos gerais que baseiam essa afirmação: primeiro, porque Alice não é um livro que reflete as exigências da sociedade em relação à religião e à moral; segundo, porque não é um livro nem pedagógico e nem moralizante, ou seja, não tem o objetivo primordial nem de educar nem de varrer os vícios da sociedade, já que, numa primeira leitura, Alice parece voltado unicamente ao entretenimento; terceiro, porque caracteriza a realidade da Inglaterra vitoriana como enfadonha, à qual está associada à idéia de opressão; quarto, não há punição para a transgressão de Alice, que rompe um padrão pré-estabelecido socialmente para o indivíduo inglês vitoriano, já que a punição era um elemento presente tanto na literatura quanto na vida real. Resumidamente, vê-se que Alice não é uma obra escrita com o propósito de moralizar e manipular o leitor, levando-o a acreditar que certo padrão é correto e aceitável, ou que certas atitudes devem ser realizadas. É no desvio do modelo, no estranhamento que causa no leitor uma nova possibilidade de mundo, que o livro de Carroll é um convite à reflexão. Há também no livro algumas subversões de símbolos importantes para a sociedade inglesa. Essas subversões podem ser vistas como um reforço ao caráter crítico que o conteúdo do livro de Carroll pode assumir. Uma das subversões mais significativas do livro é a da figura da Rainha. Na época em que Lewis Carroll publicou o seu livro Alice no país das maravilhas, estava no trono a Rainha Vitória.


26 de jun. de 2010

Alice in Wonderland- 1931

Esta parece ser a primeira versão falada de "Alice", mas é bem esquisita...

25 de jun. de 2010

Louco como um chapeleiro

Antigamente (na verdade até nem tão antigamente assim), era comum a contaminação de chapeleiros por mercúrio, pois o material era utilizado na fabricação dos chapéus. "As mad as a hatter" (Louco como um chapeleiro) era uma expressão comum na época de Carroll, e é provavelmente por isso que temos um Chapeleiro Louco em "Alice". As vítimas de contaminação desenvolviam desde tremores ("hatter's shakes") até alucinações e outros sintomas psicóticos em estágios mais avançados...

24 de jun. de 2010

Alice In Wonderland (1915) Part 1 of 5




Uma outra versão de "Alice", de 1915.

"Sorria como um gato de Cheshire"



Esta era uma frase comum na época de Carroll. Cheshire ó o lugar onde ele nasceu, e essa frase pode exist
ir devido ao símbolo de Cheshire, que possuia leões sorridentes ou ainda devido ao costume do lugar de fabricar queijos em forma de gatos sorridentes, dentre outras coisas...
Era um costume, inclusive, começar a comer o queijo a partir do rabo, deixando a cabeça por último...

17 de jun. de 2010



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    Que personagem de Alice no País das Maravilhas é você?


  • 3 de jun. de 2010

    Manuscrito de Alice na British Library



    Galera,

    O site da British Library disponibilizou o manuscrito de Alice, o original!